16 de junho de 2025

HIFU ou DBS: Qual a melhor opção para tratar o Parkinson?

O número de casos de Parkinson não para de crescer — aumentou 246% nas últimas décadas segundo a Organização Mundial da Saúde. E junto com esse crescimento, surgem novas opções de tratamento. Entre elas, duas se destacam: DBS (Estimulação Cerebral Profunda) e HIFU (Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade).

Se você tem Parkinson ou conhece alguém nessa jornada, provavelmente já ouviu falar dessas tecnologias. Mas afinal, qual é a melhor? E para quem cada uma é indicada? É isso que você vai entender neste post.

O que é o DBS?

O DBS é uma cirurgia bem conhecida no tratamento do Parkinson. Consiste na implantação de eletrodos no cérebro, que enviam estímulos elétricos para áreas responsáveis pelos sintomas motores, como tremor, rigidez e lentidão.

Pontos fortes do DBS:

  • Trata sintomas bilaterais (dos dois lados do corpo).
  • É um tratamento reversível e ajustável.
  • Melhora tremor, rigidez, lentidão e até algumas complicações do uso da medicação.

Desvantagens:

  • Cirurgia invasiva, com anestesia e implantes.
  • Exige manutenção: ajustes periódicos e troca da bateria.

O que é o HIFU?

O HIFU é uma tecnologia mais recente, não invasiva, aprovada no Brasil desde 2022. Usa ultrassom de alta intensidade, guiado por ressonância magnética, para “queimar” milimetricamente uma pequena área do cérebro que causa os tremores.

Pontos fortes do HIFU:

  • Procedimento sem cortes, sem anestesia geral e sem implantes.
  • Realizado em uma única sessão.
  • Recuperação rápida, alta no mesmo dia.

Desvantagens:

  • Irreversível. Uma vez feita a lesão, não há como desfazer.
  • Geralmente indicado para tremor unilateral (de um lado só).
  • Não trata com eficácia outros sintomas como rigidez e lentidão.

HIFU x DBS: Entenda as diferenças

HIFU DBS
Tipo de procedimento Não cirúrgico, sem cortes Cirúrgico, com implante de eletrodos
Invasividade Mínima Alta
Reversível? Não Sim
Ajustável? Não Sim
Tratamento Tremor (geralmente unilateral) Tremor, rigidez, lentidão, discinesias
Manutenção Não exige Exige ajustes e troca da bateria
Efeitos imediatos Alta chance de melhora após o procedimento Depende de ajustes pós-cirurgia
Indicação principal Quem não pode ou não quer cirurgia invasiva Pacientes com sintomas bilaterais ou complexos

Afinal, qual é o melhor?

Não existe resposta única. A escolha depende de fatores como:

  • Idade
  • Estado de saúde geral
  • Se os sintomas são de um lado ou dos dois
  • Se a pessoa aceita uma cirurgia com implantes ou prefere um procedimento sem cortes

O mais importante é conversar com um neurologista especialista em distúrbios do movimento, que vai avaliar seu caso e orientar o caminho mais seguro.

Conclusão

O avanço da tecnologia está permitindo que cada vez mais pessoas com Parkinson tenham acesso a tratamentos que realmente transformam a qualidade de vida. Seja com DBS ou com HIFU, o mais importante é ter informação de qualidade, apoio médico especializado e tomar decisões alinhadas com seus objetivos e estilo de vida.

Se você quer saber mais, consulte um neurologista especialista em Parkinson.

Referências

  1. CNN Brasil – DBS para tratar Parkinson: entenda o que é o tratamento. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/dbs-para-tratar-parkinson-entenda-o-que-e-o-tratamento
  2. Rubens Cury – Ultrassom de alta intensidade (HIFU): alternativa segura para reduzir tremores. Disponível em: https://rubenscury.com.br/blog/ultrassom-de-alta-intensidade-hifu-alternativa-segura-para-reduzir-tremores
  3. Gazeta SP – Casos de Parkinson crescem 246%: descubra os tratamentos mais modernos. Disponível em: https://www.gazetasp.com.br/gazeta-mais/estilo-de-vida/casos-de-parkinson-crescem-246-descubra-os-tratamentos-mais/1154436/