2 de junho de 2025

Doença de Parkinson é uma doença… ou uma síndrome? Entenda a diferença e por que isso importa!

O que você vai encontrar aqui:

  • A ideia de que Parkinson não é uma doença única, mas sim uma síndrome com várias causas e manifestações.
  • Por que isso muda a forma como tratamos e cuidamos de quem tem Parkinson.
  • Dicas práticas para pacientes, cuidadores e profissionais de saúde.

O que é uma síndrome?

Uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que podem ter causas diferentes. No caso do Parkinson, os tremores e a rigidez são só a ponta do iceberg.

Parkinson não é só dopamina!

Hoje sabemos que a Doença de Parkinson envolve muito mais do que a falta de dopamina. Há alterações em múltiplos sistemas de neurotransmissores e até em outros órgãos, como intestino, coração e pele.

Além disso, sintomas não motores como ansiedade, fadiga, constipação e queda de pressão são comuns desde os estágios iniciais/flutuações.

Um “Parkinson” diferente para cada pessoa

Estudos mostram que existem subtipos de Parkinson, como:

  • Parkinson com tremor predominante (menos sintomas cognitivos);
  • Parkinson com predomínio de sintomas não motores, como depressão, distúrbios do sono ou constipação.

Essas diferenças explicam por que cada paciente responde de forma diferente ao tratamento, reforçando a necessidade de uma abordagem individualizada.

E o tratamento?

Não basta pensar só em levodopa! Existem várias barreiras à absorção da medicação, como:

  • constipação, gastrite e infecção por H. pylori
  • flutuações motoras e não motoras, que afetam profundamente a qualidade de vidaflutuações;
  • novas terapias que incluem formulações não orais, ajustes de dieta, COMT/MAO-B inibidores e adenosina antagonistas manejo do off.

✅ O que podemos fazer?

  • Observar os sintomas além do tremor.
  • Ajustar a alimentação e o horário dos remédios.
  • Pensar no Parkinson como algo mais amplo: uma síndrome complexa que exige cuidado individualizado.

Conclusão

Pensar no Parkinson como uma síndrome abre espaço para:

  • mais precisão no diagnóstico,
  • tratamentos mais personalizados,
  • e mais qualidade de vida para os pacientes.

📌 Referências:

  1. Titova N, et al. Parkinson’s: a syndrome rather than a disease? J Neural Transm. 2017702_2016_Article_1667 (….
  2. Rodríguez-Violante M, et al. Motor and non-motor wearing-off and its impact on quality of life. Arq Neuropsiquiatr. 2018flutuações.
  3. Leta V, et al. Gastrointestinal barriers to levodopa transport and absorption in Parkinson’s disease. Eur J Neurol. 2023Euro J of Neurology – 2….
  4. Koch J. Management of OFF condition in Parkinson disease. Ment Health Clin. 2023manejo do off.