16 de maio de 2025

Quer viver melhor com Parkinson? O segredo está no movimento!

Você já se perguntou se vale mesmo a pena manter uma rotina de exercícios com Parkinson?

A resposta é um sonoro SIM — e agora a ciência provou isso com dados de longo prazo.

Neste post, você vai descobrir:

  • Os benefícios reais do exercício físico em quem tem Parkinson
  • Quais tipos de atividade fazem mais diferença
  • Por que manter o hábito é mais importante que começar

O estudo que todo paciente com Parkinson deveria conhecer

Um grupo de pesquisadores japoneses acompanhou 237 pessoas com Parkinson por até 6 anos.

Usando dados de um grande estudo internacional (PPMI), eles analisaram o impacto da atividade física regular na progressão da doença.

Resultado?

Quem se manteve ativo ao longo dos anos teve declínio mais lento em áreas cruciais da vida diária.

Benefícios comprovados do exercício

As pessoas com Parkinson que se mantiveram ativas apresentaram:

Menor piora do equilíbrio e da marcha (evita quedas)

Mais independência nas atividades do dia a dia

Menor queda na velocidade de raciocínio e atenção

E o mais interessante: cada tipo de atividade trouxe um benefício específico.

Qual exercício traz mais resultado?

Veja o que o estudo mostrou:

  • Exercício moderado a intenso (ex: caminhada rápida, dança, hidroginástica):

    Melhor para o equilíbrio e a marcha

  • Atividades domésticas (ex: limpar, cozinhar, arrumar a casa):

    Ajudam a manter a autonomia no dia a dia

  • Atividades de trabalho ou voluntariado (que envolvem esforço físico ou mental):

    Protegem contra a lentidão de pensamento

E não é só começar. É continuar.

O estudo também mostrou que não adianta só ser ativo no início da doença.

O segredo está em manter o hábito ao longo do tempo.

Infelizmente, com o passar dos anos, muitas pessoas com Parkinson reduzem seus níveis de atividade.

Isso pode acelerar a progressão da doença.

Dicas práticas para colocar em ação

Se você tem Parkinson, aqui vão sugestões simples:

  • Movimente-se todos os dias, mesmo que em casa.
  • Varie os tipos de atividade: caminhar, limpar, cuidar do jardim, dançar.
  • Comece devagar e com segurança, principalmente se estiver parado há muito tempo.
  • Peça ajuda ao fisioterapeuta ou educador físico para montar um plano adequado.
  • Use apps ou vídeos de exercícios para se manter motivado.

Em resumo:

  • Exercício faz bem para o corpo e para o cérebro em pessoas com Parkinson.
  • Persistência é mais importante que intensidade.
  • Diferentes tipos de movimento beneficiam áreas diferentes da função cerebral e física.

Referência científica:

Tsukita K, Sakamaki-Tsukita H, Takahashi R. Long-term Effect of Regular Physical Activity and Exercise Habits in Patients With Early Parkinson Disease. Neurology. 2022;98:e859-e871. doi:10.1212/WNL.0000000000013218